9ª EDIÇÃO

IMPRENSA

CNMA 2024: pesquisadoras impulsionam transformações na pesquisa agrícola brasileira

Painel da Embrapa destaca o protagonismo feminino na ciência e a importância da inovação tecnológica para o futuro da agricultura e sustentabilidade no Brasil

A mesa-redonda “Ciência brasileira que muda o mundo” no CNMA promoveu um debate sobre o papel da ciência e das mulheres na transformação da agricultura e do agronegócio no Brasil. Moderado pela diretora de Pessoas, Serviços e Finanças da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Selma Beltrão, o painel destacou a contribuição de cientistas da instituição em diversas áreas de inovação tecnológica e gestão.

Selma iniciou o painel compartilhando sua trajetória na Embrapa, onde atua há mais de três décadas. Ela destacou o avanço da presença feminina na instituição, especialmente na diretoria, já que 60% dos cargos hoje são ocupados por mulheres. “Temos muito a evoluir”, disse ela, referindo-se à necessidade de aumentar ainda mais a participação feminina, tanto na pesquisa quanto na liderança.

A chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agricultura Digital, Thais Amaral também compartilhou sua experiência. Filha de agricultores, Thais cresceu envolvida no campo e, durante a faculdade, dedicou suas férias a estágios na Embrapa. Hoje, após mais de 20 anos de atuação, lidera projetos inovadores, incluindo sistemas de produção e o uso de big data na pecuária de precisão.

Já a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Marília Folegatti, zootecnista com forte atuação no desempenho ambiental e pegadas de carbono, compartilhou sua experiência em trabalhar com métricas ambientais no Brasil e no exterior. Ela destacou o papel fundamental das mulheres nas iniciativas sustentáveis e no registro de dados precisos, ressaltando que o cuidado feminino é um diferencial nas áreas em que atua.

Encerrando as apresentações, a Pesquisadora da Embrapa de Gado de Corte/Conselho Científico da World Farmers Organization (WFO), Mariana Aragão trouxe uma perspectiva pessoal sobre os desafios que enfrentou ao escolher a zootecnia como profissão. Filha e neta de agrônomos, Mariana foi incentivada pela família a seguir na área rural, mas enfrentou resistência externa, especialmente por ser mulher. Hoje, ela se orgulha de sua trajetória e do trabalho que desenvolve na Embrapa, especialmente no campo da adoção de tecnologia pelos produtores rurais.

O evento também homenageou Johanna Döbereiner, cientista pioneira que coordenou o programa de fixação biológica de nitrogênio no Brasil, contribuindo significativamente para a agricultura do País, em especial para o cultivo da soja. Selma celebrou o centenário de Döbereiner, lembrando de suas conquistas e impacto duradouro, reforçando a importância de mais mulheres na ciência brasileira.

Assessoria de Imprensa

Juliana Bonassa

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