A bioeconomia é um pilar de contribuição para o agro e para a sustentabilidade
A mesa-redonda Bioeconomia, realizada no primeiro dia do 6º CNMA, analisou os principais pontos de como o mercado financeiro pode se integrar e interagir com as práticas e ações pautadas em sustentabilidade que são cada vez mais exigidas pela sociedade.
Para o diretor de Sustentabilidade Corporativa do Bradesco, Marcelo Pasquini, a bioeconomia representa uma grande oportunidade para o Brasil. “Devemos fomentar mais a conversa e as ações sobre bioeconomia no país, pois esse é um nicho que ainda tem bastante espaço para crescer”.
Já o CEO do Banco XP, José Berenguer, aponta que a bioeconomia é uma importante ferramenta de competitividade para o setor agrícola brasileiro. “Toda essa discussão sobre agricultura, mercado de capitais e economia merece atenção. Enxergamos que a bioeconomia é um potencial para a economia do Brasil e contribui para elevar ainda mais a eficiência agrícola, que evolui a cada ano”.
O Brasil é um dos maiores players no mundo quando o assunto é biodiversidade. Em função disso, o presidente executivo do Conglomerado Financeiro Alfa, Fabio Amorosino, avalia que o debate sobre bioeconomia deve envolver todos os setores produtivos no país. “É fundamental que tenhamos, cada vez mais, uma discussão de qualidade entre os diversos setores e cadeias produtivas do Brasil como um todo, de forma a incentivar o desenvolvimento sustentável do agronegócio”.
A Chief Commercial Officer do CME Group, Julie Winkler, lembra dos riscos financeiros associados a negócios sustentáveis. “Essa é uma das razões pelas quais é importante conscientizar os produtores acerca da necessidade de se adaptar às boas práticas. Dessa forma, é possível canalizar os recursos para que seja efetivada uma gestão das mudanças nesse tipo de negócio”.
Esse deve ser o papel geral das instituições financeiras nesse processo, de acordo com o Diretor de Agronegócio do Itaú BBA, Pedro Fernandes. “Quando falamos da evolução da bioeconomia, precisamos aliar um conjunto de ações que nos levem à direção correta para a conscientização dos clientes. O agro funciona como um vetor de contribuição para as mudanças no planeta”.
O Presidente da Cooperativa Sicredi Vale do Piquiri Abcd PR/SP, Jaime Basso, salienta a visão sobre a adequação do mercado às exigências de sustentabilidade, reforçando a importância das mulheres para a evolução da bioeconomia. “Precisamos do olhar diversificado das mulheres nesse processo para que possamos fazer a diferença com sistemas de produção sustentáveis no país”, finaliza.
O primeiro dia do CNMA teve também o pré-lançamento para o agro do documentário “Quando Ouvi a Voz da Terra”. Na ocasião, a pecuarista referência em bem-estar animal, Carmen Perez, dividiu o palco com os parceiros do projeto, o cineasta Nando Dias Gomes e a jornalista Flávia Tonin, que contaram sobre o nascimento do projeto até a sua finalização e dividiram suas experiências durante as gravações. Hoje, a partir das 20h, o documentário estará disponível no canal do Youtube – https://www.youtube.com/watch?v=dvbzQvISiTE