Planejamento estratégico com foco na sustentabilidade auxilia gestores do agro na tomada de decisões
As cadeias produtivas brasileiras, mesmo que trabalhando a todo vapor para a alimentação da população, estão atentas ao contexto em que se inserem, no sentido de que suas atividades e ações geram impactos econômicos, financeiros e ambientais, de forma regional e nacional, dependendo do tamanho e do alcance do negócio.
Essas consequências foram temas de discussão entre o Presidente da Nutrien, André Dias, a Head de Marketing do Bradesco, Natália Garcia, o Presidente da Cargill no Brasil, Paulo Sousa, e o Diretor de Marketing da New Holland, Paulo Máximo. A jornalista da Forbes, Vera Ondei, conduziu o debate.
Num setor que espera valor bruto de produção na casa de R$ 1,2 trilhão em 2022, mesmo com diversos gargalos enfrentados esse ano, como foi o caso dos fertilizantes, André Dias acredita que o uso sustentável desse insumo é a forma mais adequada para as lavouras. “A melhor forma de usar fertilizantes é de maneira sustentável, com análise do solo e mapeamento da propriedade. Além de melhorar a rentabilidade para o produtor, é mais amigável para o meio ambiente”.
Para Natália Garcia, a sustentabilidade é estratégica para os negócios do agro e o levantamento de dados facilita a tomada de decisões por parte dos produtores. “O pilar de sustentabilidade é estratégico. O mapeamento completo de produção é importante para entender o momento propício para tomar a decisão certa. Esse alinhamento dos dados é vital e nós tentamos oferecer isso ao produtor, com proximidade mais específica para cada segmento dentro do agro”.
Um dos caminhos para a sustentabilidade do agro brasileiro é a descarbonização, segundo Paulo Sousa. O bom gerenciamento de negócio é essencial para aliar esse processo a um cenário positivo de crescimento, na visão dele. “O futuro do agro brasileiro e do mundo está na descarbonização. É caminho sem volta e já está cada vez mais presente para consumidor, especialmente entre os jovens. Produtores e produtoras precisam estar focados em seus negócios, com boa gestão de risco e cenário positivo de crescimento”.
A aplicação de tecnologia no campo, de acordo com Paulo Máximo, determina os impactos financeiros e socioambientais que uma atividade agropecuária exerce na atualidade. “A agricultura brasileira precisa seguir o caminho sustentável, e a tecnologia é fundamental nesse processo. 73% das propriedades ainda não apresentam conectividade e nós, da New Holland, estamos trabalhando em prol dessas unidades em um dos nossos programas. Hoje, existem muitas ferramentas disponíveis no mercado. As produtoras precisam conhecer bastante sua propriedade para escolher a melhor solução tecnológica para os seus negócios”, reforça.