*Juliana Farah, vice-presidente da Comissão Semeadoras do Agro
Neste mês de março, em que celebramos, internacionalmente, a força, a luta e as conquistas das mulheres, eu não poderia deixar de destacar o trabalho realizado pelas pequenas produtoras rurais, as quais, historicamente, ocupam uma posição de desigualdade e até mesmo de invisibilidade.
Testemunhamos, cotidianamente, que essas mulheres desempenham um papel fundamental no campo, do plantio à colheita, com um olhar atento aos detalhes, o que tem se apresentado como um diferencial para a otimização de processos, incremento de negócios e para a promoção de práticas agrícolas sustentáveis, mas, infelizmente, elas ainda são pouco reconhecidas. Seus esforços são ignorados e, frequentemente, suas atividades são consideradas apenas como “uma mera ajuda aos homens”, em detrimento à efetiva contribuição que elas promovem na agricultura familiar.
É urgente que haja o rompimento deste ciclo de desvalorização e que seja estimulado o protagonismo dessas agricultoras, com políticas púbicas e engajamento da sociedade em ações que possam trazê-las para a visibilidade. Iniciativas como a do CNMA, que nesta edição, dedicará um espaço especial ao trabalho desenvolvido pelas pequenas produtoras rurais, além de promover justiça social, impulsiona e celebra a força feminino no campo.
